I Seminário de Educação, Cinema e Audiovisual da Paraíba / I Encontro da Rede Kino Nordeste

O I Seminário de Educação, Cinema e Audiovisual da Paraíba / I Encontro da Rede Kino Nordeste ocorreu em João Pessoa (PB) no período de 22 a 25 de janeiro de 2020, no Espaço Cultural José Lins do Rego.

O evento fo uma realização do Grupo Semente Cinematográfica, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPB) e da Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. Ele integra a programação de encerramento do projeto Cartografias imagens: filme-carta, formação e experimentação; tem o apoio do Programa Rumos Itaú Cultural 2017-2018 e da FAPESQ, e a parceria do Grupo Mutum: Educação, Docência e Cinema (FAE/UFMG), do CEARTE e da FUNESC.

Trata-se de um evento de caráter expositivo, reflexivo e prático acerca das possibilidades de diálogo entre a educação, o cinema e o audiovisual, que se propõe a instituir um lugar de encontro e intercâmbio de experiências, saberes, metodologias, acervo e redes de apoio pedagógico entre educadores, estudantes, pesquisadores, artistas e o público em geral.

A programação do Seminário prevê a realização de conferências mesas de debate, mostra de filmes, lançamento de livros, oficinas para educadores e o I Fórum nordestino da Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual.

O grupo irá vivenciar uma metodologia audiovisual ativa a partir da criação, da partilha, da reflexão e da construção coletiva do saber pedagógico e criativo, inspirando a contextualização das propostas apresentadas dentro dos seus contextos.

Os objetivos com a realização do Seminário são:

  • Criar e fortalecer redes locais e regionais de grupos e iniciativas que articulem a educação, o cinema e o audiovisual, oferecendo oportunidades para os agentes se conhecerem, trocarem experiências e aprofundarem conhecimentos;
  • Apresentar experiências que articulem a educação, o cinema e o audiovisual na América Latina e no Nordeste brasileiro em especial;
  • Fomentar o debate e a reflexão sobre as aproximações entre a educação, o cinema e o audiovisual na Paraíba;
  • Oferecer contribuições para o debate, a criação e a implementação de políticas públicas voltadas para as pedagogias do cinema e do audiovisual.

Sobre a primeira edição

Programação

O Seminário teve quatro dias de duração, e organizou suas atividades em dois eixos de abordagem para pensar as relações entre a educação, o cinema e o audiovisual.

  • Como implementar o audiovisual nas escolas? – Debate sobre a Lei 13.006/14, exibição nas escolas e produção de conteúdo: infraestrutura, formação de acervo, preparação do corpo docente (metodologias, repertório e noções técnicas), implementação de cineclubes.
  • Como a escola pode se relacionar com o audiovisual? – Contextualização das práticas educativas com o cinema nos diferentes contextos escolares: relato de experiências, exibição de filmes realizados pelos projetos participantes e debates.

Esses temas foram pautados de forma direta e/ou transversal nas diversas atividades do evento: conferências, mesas de debate, relatos de experiências, apresentação de trabalhos científicos, oficinas, mostra de filmes, lançamento de livros.

Para compor a programação, convidamos representantes de projetos realizados no Estado da Paraíba, e projetos que são referência em todo território nacional, para compartilharem suas experiências e fomentarem a reflexão e o debate a respeito de temas propostas pelo evento.

PERCORRER OLHARES, TECER AFETOS, PARTLIHAR SABERES

Quarta, 22 de janeiro 2020

Tarde

13h – Acolhimento e inscrições (Auditório 3/4)

14h – Oficinas (Cearte)

  • Montagem na sala de aula: teoria e prática – com Isaac Pipano
  • Oficina na Pedagogia Griô – com Griô Aprendiz Penhinha Teixeira
  • Vídeo etnográfico: produção e sentidos como proposta didática – com Flaubert Cirilo Jerônimo de Paiva
  • Videopoemas: cinema e poesia em diálogo – com Aline Ferreira Pereira e Edilza Maria Medeiros Detmering
  • Corpos cidades e afetos – com Sarayna Martins
  • Criação de roteiros audiovisuais: temas sociais e processos criativos – com Jéssika Miranda, Karla Delgado e Rosilene Pereira

Noite

19h30 – Rito de abertura (Sala José Siqueira)

  • Apresentação do percurso do evento
  • Exibição de filmes do grupo Semente Cinematográfica
  • Encontro com Milene Gusmão (UESB/BA) e Valdenise Pimentel (EMEIF José Albino Pimentel – Conde/PB)
  • Depoimentos do público

Quinta, 23 de janeiro de 2020

Manhã

8h30 – Roda de abertura do dia (Auditório 3/4)

9h – Mesa 1: Educação, Cinema e Audiovisual: qual educação, qual cinema, quais aproximações? (Auditório 3/4)

  • Com Rosália Duarte, (PUCRJ/RJ) e Leila Rocha (ENSC/PB)
  • Comentários: Inês Teixeira (UFMG/UFPB)

10h45 – Panorama EducaCine Nordeste (Cearte)

  • Relato de Experiências, Comunicação de Trabalhos Científicos e Banners (Ver trabalhos na aba Painel EducaCine Nordeste)

Tarde

14h – Mesa 2 – A experiência do projeto Cartografia de imagens: cenas e enredos (Auditório 3/4)

  • Com Ana Bárbara Ramos e Felipe Leal Barquete (Grupo Semene Cinematográfica/PB) e integrantes das organizações contempladas com o projeto

16h – Mesa 3 – Povos Tradicionais, Educação, Cinema e Audiovisual (Auditório 3/4)

  • Com Mestra D’oci (Escola Viva Olho do Tempo/João Pessoa-PB), Clarisse Alvarenga (UFMG/MG), Jaquicilene Alves (EMEIF José Albino Pimentel/Conde-PB)
  • Comentários: Josaniel Vieira (UFPE/PE)

Noite

18h – (Re) Lançamento de livros (Espaço de Convivência)

19h30 – I Mostra de Educação, Cinema e Audiovisual da Paraíba (Cine Bangüê)

  • Sessão Cartografia de Imagens – exibição dos filmes criados pelos estudantes e educadores das 4 cidades contempladas pelo projeto

Sexta, 24 de janeiro de 2020

 Manhã

8h30 – Roda de abertura do dia (Auditório 3/4)

9h –  Panorama EducaCine Nordeste (Cearte)

  • Relato de Experiências, Comunicação de Trabalhos Científicos e Banners (Ver trabalhos na aba Painel EducaCine Nordeste)

10h45 – Mesa 4: Nos Territórios da Escola: Direitos Humanos, Cinema e Audiovisual (Auditório 3/4)

  • Com Maria Nazaré (UFPB/PB) Isaac Pipano (Academia Internacional de Cinema/RJ)
  • Comentários: Rúbia Mércia (CE)

Tarde

14h – Mesa 5: Cineclube na Escola e a Lei 13.600/2004 e: desafios e possibilidades (Auditório 3/4)

  • Com Teresa Assis Brasil (Programa Alfabetização Audiovisual/RS) e Jane Pinheiro (Grupo Leve/PE) 
  • Comentários: Raquel Costa (BA)

15h30 – Mesa 6: Filmes para infâncias e juventudes: Plataformas, acervo e compartilhamento de filmes (Auditório 3/4)

  • Com Bete Carmona (Comkids/SP), Simone Monteiro (MultiRio/RJ), e Josi Campos (Videocamp – Instituto Alana/SP)
  • Comentários: Liuba de Medeiros (Tintin Cineclube/PB)

Noite

19h30 – I Mostra de Educação, Cinema e Audiovisual da Paraíba (Cine Bangüê)

  • Sessão Maleta Comkids – exibição de filmes do Festival Comkids com mediação de Bete Carmona

Sábado, 25 de janeiro de 2020

Manhã

8h30 – Roda de abertura do dia (Auditório 3/4)

9h – Oficinas (Cearte)

  • Encruzilhadas entre Educação e cinema ameríndio – com Clarisse Alvarenga
  • Cineclube na escola: ver, sentir, pensar e criar – Com Simone Monteiro
  • Vivência em audiodescrição e cinema:construindo perspectivas inclusivas – Com Larissa Hobi
  • O cinema negro como estratégia comunicacional na luta anti-racista – Carine Fiúza

11h – I Encontro da Rede Kino Nordeste (Auditório 3/4)

  • Com a presença de instituições, projetos, artistas e educadores integrantes da Rede Kino

Tarde

14h – I Encontro da Rede Kino Nordeste (Auditório 3/4)

  • Com a presença de instituições, projetos, artistas e educadores integrantes da Rede Kino

16h – I Mostra de Educação, Cinema e Audiovisual da Paraíba (Cine Bangüê)

  • Sessão Rede Kino Nordeste – exibição de filmes realizados em contextos educativos formais e não-formais
Convidados

Inês Teixeira é Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela UFMG (1973); Mestre em Educação pela UFMG (1992) e Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1998; realizou seu Pós-Doutorado I na Universidade de Barcelona em 2005 e o Pós-Doutorado II na Universidade Metropolitana Autônoma do México e na FE/USP em 2014. É Professora Titular (aposentada) da Faculdade de Educação da UFMG e professora aposentada da PUC Minas. È professora voluntária do Programa de Pós-Graduação em Educação: conhecimento e inclusão social da FaE/UFMG e do PROMESTRE/FaE/UFMG. Atua na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Educação. É co-organizadora da Coleção “Educação, Cultura e Cinema” (ed. Autêntica) e da seção Educar o Olhar da Revista Presença Pedagógica. É pesquisadora do Núcleo de Pesquisas sobre Condição e Formação Docente da Faculdade de Educação da UFMG. Membro fundadora da Rede Kino – Rede Latinoamericana de Educação, Cinema e Audiovisual. Em seus estudos, pesquisas, na docência e na extensão tem analisado temáticas da condição docente e das vidas dos/as professores/as, dos tempos escolares e tempos docentes (experiência, uso e distribuição do tempo), bem como discussões relativas ao gênero e às mulheres, em especial. Mais recentemente tem se dedicado a estudos e projetos de trabalho de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação, Docência e cinema. É professora pesquisadora do Grupo Mutum: Educação, Docência e Cinema. Participa do Programa de Ações Afirmativas da UFMG e de Comitês Científicos de Revistas, Eventos e Associações. Dedica-se à formação de professores e de novos pesquisadores no campo das ciências humanas e sociais como orientadora de monografias, de iniciação científica, de mestrado e de doutorado na graduação e pós-graduação. É pesquisadora do CNPq há vários anos, mediante bolsa de produtividade em pesquisa. Professora visitante da Universidade Federal da Paraíba (Centro de Educação).

Rosália Duarte ossui graduação em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1984), mestrado em Educação pela Fundação Getúlio Vargas – RJ (1991) e doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professor associado da PUC-Rio, onde coordena o Grupo de Pesquisa Educação e Mídia, vinculado ao PPGE. Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais de Educomunicação e do Grupo de Trabalho Children, Youth and Media da European Communication Research and Education Associantion (ECREA). Editora da Revista Educação Online (Educação PUC-Rio), membro do Conselho Editorial da Revista Educação & Realidade (UFRGS), da Revista Education Review e do Conselho Editorial da Revista InterScientia. Membro fundadora da Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. Tem experiência de pesquisa na área de Educação, com ênfase em Educação e Mídia, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, mídias digitais, televisão, criança e mídia, juventude e mídia e cultura audiovisual.

Mestra D´oci é educadora e contadora de histórias, natural da Bahia seu nome Maria dos Anjos Mendes Gomes, hoje moradora do Vale do Gramame que fica na Zona rural de João Pessoa, tem formação acadêmica em Letras, na Universidade Federal da Bahia e Especialização em Educação de Adultos – Universidade Federal da Paraíba. Reconhecida nacionalmente como Mestra Griô no seu saber, implantou no Vale do Gramame, a CHP – Escola Viva Olho do Tempo, instituição que desenvolve projetos junto com moradores das comunidades do Vale do Gramame, Atualmente a escola atende a 130 crianças e adolescentes com faixa etária de 06 a 17 anos, com atividades diárias nas áreas de meio ambiente, cultura, memória, inclusão digital, teatro, percussão, dança, tradição oral. D´oci Ensina e passa nas suas contações de história e em sua caminhada, a valorização da vida, a valorização da memória. Vem mostrando em seu fazer, que é preciso que se desenvolva uma educação de encantamento que dialogue com saber popular por meio da tradição oral, através das brincadeiras, da contação de histórias e nas  vivências, tem visto que isso dá certo é assim que mestra D´oci tem despertado os mestres do Vale do Gramame e os moradores, para a apropriação de suas histórias e valorização de sua origem, também na busca e realização dos seus sonhos objetivando a melhoria na qualidade de suas vidas. D´oci é por demais Chamada.

Milene Gusmão é Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e Mestre em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNI-RIO. Professora Titular do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, onde atua como docente pesquisadora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade e do Bacharelado em Cinema e Audiovisual, do qual participa desde a implantação em 2010. Atuou como coordenadora do Programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo Uesb no período de 2001 a 2016. Líder juntamente com Rosália Maria Duarte (Puc-Rio) do Grupo de Pesquisa em Cinema e Audiovisual: memória e processos de formação cultural. Pesquisadora do Grupo Cultura, Memória e Desenvolvimento do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. Integrante da Rede Latino-americana em Educação, Cinema e Audiovisual – Rede Kino. Suas pesquisas destacam os seguintes temas: cinema e memória social, cinema e educação, trajetórias e práticas sociais em cinema, cineclubes, festivais e processos de formação cultural nos âmbitos do cinema e do audiovisual.

Beth Carmona é sócia/diretora da Singular, Mídia & Conteúdo. Formada pela ECA/USP. Consultora, produtora e gestora de projetos audiovisuais e multiplataforma, especializada na área infantojuvenil. Presta consultorias para canais como Gloob, TV Cultura, TV Escola, Fox e Nat Geo, Cartoon Network, DiscoveryKids, Pakapaka, WDR e NHK. Antes, atuou com o Executiva de canais na TV Cultura de SP, Discovery Kids, América Latina, TVE e grupo Roquette Pinto,TVERJ e Radios MEC e Disney Channel São Paulo, onde supervisionou produções e programações. Profissional atuante no conceito de qualidade na mídia para crianças e jovens, representa o Brasil e a América Latina em eventos e concursos internacionais como palestrante e avaliadora de projetos e programas, como Japan Prize, Prix Jeunesse Internacional, Divercine, Mostra de Cinema Infantil de Floripa, FICI e Concursos promovidos pelo Ministério da Cultura do Brasil, da Colômbia e do Chile, CNTV. Presidente e criadora do Midiativa – Centro Brasileiro de Mídia para Crianças e Adolescentes, Diretora geral do Comkids, plataforma informativa que também realiza o Festival comKids, seminários e workshops com objetivos de desenvolvimento e formação profissional para o setor. Membro do Board internacional da Fundação Prix Jeunesse e da Fundação World Summit for Children. Líder no Núcleo criativo Singular, selecionado pela Ancine. Algumas séries sob sua produção, supervisão e consultoria: “Mundo Ripilica”, “Os Valentins”,”Tuca, O mestre-cuca” ,”O Diário de Pilar”, “O Oráculo das Borboletas”, “Castelo Ra Tim Bum”, “Mundo da Lua”,” Um Menino Muito Maluquinho”“; Tonky”, “Senha Verde” , entre outras.

Isaac Pipano pesquisa, ensina e faz filmes. Doutor em Comunicação (PPGCOM UFF | Bolsa PDSE Capes | Paris 3), é um dos idealizadores do Inventar com a Diferença: cinema, educação e direitos humanos e Coordenador Acadêmico do Filmworks, curso de realização audiovisual da Academia Internacional de Cinema (AIC-RJ). Desde 2010 atua como educador em programas de formação audiovisual em espaços formais e não-formais de ensino. Foi professor substituto do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (UFF) e nos cursos de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida (UVA). No coletivo apenasbaleia dirigiu coletivamente os filmes Andante (2016), Imóvel (2015) e Berlin (2014) e co-escreveu o roteiro do longa Um Filme de Verão (2018), de Jo Serfaty. É co-autor do livro Cinema de Brincar, com Cezar Migliorin, com quem também dirigiu o filme Educação (2017). Publica poemas e ensaios no blog lentamarchaparaoleste.com.

Simone Monteiro é mestre em Educação (PUC-RJ), pedagoga e especialista em Alfabetização (UFRJ) e em Midia, Tecnologias da Informação e Práticas Educacionais (PUC-RJ).
Professora da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, desde 1985. No período de 2001 a 2017 atuou no nível central da Secretaria Municipal de Educação, coordenando ações nas áreas de incentivo à leitura e de Mídia-Educação. Destacaram-se neste período a criação e desenvolvimento dos Programas Rio, uma cidade de leitores e Cineclube nas Escolas. Atualmente é Assessora de Articulação Pedagógica na MULTIRIO, empresa pública municipal de multimeios em educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria Municipal de Educação, que atua nas áreas de produção de conteúdos em diversas plataformas (portal, mídias sociais, TV, rádio e mídias impressas) e de formação de professores, no campo da mídia-educação. Nossa programação é diária e veiculada pelo canal 526 da NET, além do portal e das mídias sociais digitais. Mais informações em: http://www.multirio.rj.gov.br

Josi Campos é designer de formação, trabalhou com arquitetura de marca, produção de conteúdo editoral e também com produção de conteúdo publicitário como gerente de marketing em grandes empresas de comunicação. Em 2014 se juntou ao time do Instituto Alana, como coordenadora do Videocamp – uma plataforma online e gratuita que viabiliza a realização de exibições de filmes com potencial de impacto – e empresta suas habilidades de organização e comunicação para encontrar caminhos criativos que possibilitem a construção de um mundo mais justo, sustentável e plural.

Clarisse Alvarenga é formada em Comunicação Social (UFMG), com mestrado em Multimeios (Unicamp), doutorado em Comunicação Social (UFMG) e pós-doutorado no PPGAS do Museu Nacional (UFRJ). Atua na interface entre as áreas da Comunicação Social e da Educação com os temas: documentário, cinema latino- americano, audiovisual comunitário, vídeo popular, oficinas de vídeo, formação audiovisual, pedagogias do cinema e cinema e educação. Seu trabalho envolve especialmente o cinema indigenista e o cinema indígena brasileiros. É autora do livro Da cena do contato ao inacabamento da história (Edufba, 2017), e também realizadora, tendo dirigido os longas-metragens Ô, de casa! (2007) e Homem-peixe (2017). Atualmente, é professora adjunta na Faculdade de Educação da UFMG, onde atua como membro permanente do Mestrado Profissional em Educação e Docência, como docente do Curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas (FIEI) e como coordenadora do Laboratório de Práticas Audiovisuais (Lapa).

Leila Rocha Sarmento Coelho, nascida em uma cidade do interior da Paraíba (Sousa), numa família de seis filhos, a única mulher. Casou-se aos dezenove anos e parou a faculdade. Anos depois voltou a estudar, fazendo um curso que, em princípio, jamais imaginou, que era a docência, mas nela, se encontrou como profissional e pessoa. Começou sua docência em escolas públicas, particulares e cursinhos pré-vestibulares; depois passou a lecionar em universidade como professora substituta, onde achou que tinha encontrado seu lugar, até o dia em que começou no projeto social da Escola Nossa Senhora do Carmo. Nela, se realizou plenamente, com a liberdade e autonomia de ajudar a construir uma educação cujo primeiro passo fosse o coração da pessoa humana.

Graduada em Letras, pela UEPB, especialização em Leitura e Produção Textual, pela UEPB; em PROEJA, pela UFPB e em Psicopedagogia, pela FIP. Mestrado em Linguística, pela UFPB e doutorado em Educação, pela UFPB.
“Hoje, após anos 21 anos de docência, a escola está impregnada em mim, assim como eu estou impregnada nessa vida chamada escola”.

Jane Pinheiro é Professora Titular aposentada do Colégio de Aplicação da UFPE, continua vinculada à UFPE como pesquisadora do LEVE – Laboratório de Experiência, Visualidade e Educação e ao LAV – Laboratório de Antropologia Visual. Doutora em Antropologia (PUC-SP), defendeu a tese Sonhos em Movimento: 1a Mostra Imaginária de Audiovisuais produzidos por adolescentes no Recife do Século 21. Trabalha com cinema e educação desde os anos 1990. Autora de Tiritot, Por causa do sal, Arte Contemporânea no Recife dos anos 1990, dentre outros.

Jane também se aventura a produzir videopoemas que ela pública no seu canal do YouTube.

Panorama EducaCine PB

O Panorama EducaCine Nordeste foi um lugar proposto e ocupado pelo público do evento, onde foram apresentados mais de 40 trabalhos realizados por educadores nos diferentes contextos educativos do país, especialmente da região Nordeste.

A programação do painel é composta por Relatos de experiências, Comunicação de Trabalhos Científicos e Banners.

Essa é uma iniciativa importante para dar visibilidade aos trabalhos de educação, cinema e audiovisual, e oportunizar o contato e a troca de saberes e experiências entre os participantes do Seminário.

Segue a relação dos trabalhos selecionados.

PANORAMA EDUCACINE NORDESTE | TRABALHOS CIENTÍFICOS

DIA 24/01 | CEARTE – Escola de Dança (Espaço Cultural)

SALA 1

  • 9h – O cinema educativo do Brasil e da Argentina do início do século XX

Tony Charles Labanca Correia

Esta comunicação tem como objetivo maior apresentar parte dos resultados do trabalho de doutorado em Educação, identificando a gênese do cinema educativo, como primeiro meio tecnológico usado pedagogicamente no Brasil e na Argentina na primeira metade do século passado. É nesse período e lugares que o cinema ganha uma discussão nacional a partir de sua produção e recepção, marcado politicamente por personalidades que mudaram a forma de se olhar o cinema e a educação: Perón e Vargas; ambos envolvidos em um processo de reorganização social do qual partilham: ‘homens de cinema’ e povo. A hipótese que guiou este trabalho recai na tese de que o cinema foi usado como princípio ilustrativo das aulas através das imagens em movimento, sem uma orientação à criticidade necessária no ambiente formal da educação, o que, de certa forma, reduziu o seu uso como instrumento educativo e o colocou como um advento diferente (e pouco eficiente) de construção de conhecimento, tal como o de fazer o “pensamento pensar”. Apesar dos passos largos em relação à forma ampliada de se olhar a escola dado pelos escolanovistas, o cinema educativo acampou de forma autoritária na sala de aula não resguardando as possíveis analogias e metáforas construídas pelo professor em seu ofício.

  • 9h30 – Experimentando cinema num lugar-escola a partir de fragmentos (de filmes) de Brasil e China em transformação

Katharine Rafaela Diniz Nunes

Através da metodologia da cartografia, esta pesquisa têm acompanhado a repercução, entre professores de escolas públicas, da vivência de um cineclube dedicado não só a ver e a conversar, mas a produzir imagens. A partir da exibição de fragmentos de filmes contemporâneos brasileiros e chineses sensíveis às transformações urbanas e sociais sentidas no cotidiano, foram propostos exercícios de experimentação – com gravação/edição de vídeo e computação gráfica – cuja reprodução de uma mensagem e/ou roteiro fechado não teria centralidade; permitindo que a produção de imagens fosse atravessada pelo acaso e por forças/materialidades de um lugar(-escola): pensado aqui como a coexistência de uma multiplicidade de trajetórias humanas e inumanas que envolve contato e negociação. Os exercícios foram realizados no contexto de formação de professores das escolas públicas – situadas em Campinas – CEI Gessy de Camargo e CEI José Vilagelin Neto, em 2018, e da EEI Prof. Zeferino Vaz, em 2019.

  • 10h – O discurso sobre o cinema como estratégia pedagógica da educação brasileira (1910-1939)

William Ferreira da Silva

Trata-se de uma pesquisa promovida pelo Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal da Paraíba (PIBIC) que almeja compreender as razões pelas quais, nas três primeiras décadas do século XX, o cinema constituiu no Brasil uma das vias de acesso da população analfabeta à educação sistemática, crítica e reflexiva. Em face disso, esse projeto de pesquisa pretende contribuir no processo de reflexão, sistematização e produção do conhecimento em torno da matéria por seus integrantes, conduzindo-os ao debate propositivo da relação entre o cinema e a educação, bem como ao exercício da análise arqueológica do discurso, dando visibilidade aos resultados da investigação.

SALA 2

  • 9h – Práticas cineclubistas na escola da infancia

Milene dos Santos Figueiredo

O projeto envolve ações de extensão (PROEX/UFRN) entre crianças do Núcleo de Educação da Infância/UFRN e crianças de escolas públicas da cidade do Natal/RN. Entretanto, a partir do desenvolvimento das ações do projeto, seguindo uma metodologia qualitativa, buscamos analisar qual o impacto dessas experiências no estabelecimento de uma nova relação entre as crianças e o cinema. Esse registro é feito através da gravação por áudio e vídeo das sessões e de entrevistas individuais pós sessões com as crianças participantes. Assim, contamos com a participação, ao longo dos três últimos anos, de quatro escolas públicas da cidade do Natal e uma escola pública do município de São Gonçalo do Amarante/RN, totalizando, em média, 250 crianças da rede pública estadual e municipal que, somadas as crianças da nossa instituição, participaram das sessões do cineclube do NEI-CAp/UFRN. Também colaboram com o projeto o Centro de Educação (CE/UFRN) e o Departamento de Comunicação (DECOM/UFRN).

  • 9h30 – Um trajeto católico de educação pelo/para o cinema no Brasil: redes, práticas e memórias 

Raquel Costa e Milene Gusmão

A tese resulta do objetivo de compreender como se estruturou uma rede socioinstitucional de educação cinematográfica no Brasil, sob iniciativa católica, que conformou/foi conformada por práticas entre as décadas de 1930 e 1960, até chegar à implantação, em 1970, do Plano de Educação Cinematográfica de Crianças (Plan de Niños ou Plan Deni), como parte de um projeto latino-americano, que aqui recebeu o nome Cinema e Educação (Cineduc).

  • 10h – O cinema como possibilidade de língua outra na educação de surdos

Maria Leopoldina Pereira

Duas questões permeiam a pesquisa: Como professores/mediadores ouvintes podem constituir, na experiência de ver e fazer cinema com alunos surdos, dentro e fora do ambiente escolar, uma língua outra que contemple a diversidade linguística que permeia o espaço dessa experiência? 

Pode o cinema se constituir como uma língua outra que não seja do território dos surdos e ou localizada no mundo ouvinte? Essas questões se desdobram em quatro objetivos específicos: 1) caracterizar as atividades construídas pela professora e pelo mediador que experienciam cinema na escola e fora dela com surdos; 2) analisar produções fílmicas resultantes da Escola de Cinema do INES e das Oficinas de Audiovisual para Surdos; 3) identificar o que aprendem professora e mediador na experiência de ver/fazer cinema com surdos na escola e fora dela; 4) investigar com que gestos o cinema pode se constituir como uma possibilidade de língua outra na experiência de ver e fazer cinema com surdos. 

SALA 3

  • 9h – Ensino de História e Produção de Audio e vídeo – Uma experiencia de integração curricular na educação profissional (FortalezaCE)

Bruno Ribeiro Marques e Alessandro Oliveira de Souza

O presente trabalho tem como finalidade comunicar uma proposta de integração curricular, dentro da educação profissional integrada ao ensino médio, entre a competência curricular de História e as disciplinas do curso técnico de Produção de Áudio e Vídeo – PAV, através de nossas experiencias com os alunos da 2a série da Escola de Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira (Fortaleza – CE). Através de metodologias ativas e a capacidade técnica dos alunos, desenvolvidas nas disciplinas técnicas, foi possível instigá-los a produzirem curtas biográficos, pautados na autobiografia dos próprios alunos da turma, levando-os a compreender, tanto conceitos estruturadores da História, quanto a possibilidade do diálogo entre esses conceitos e a produção audiovisual.

  • 9h30 – O Uso do Audiovisual no processo de ensino-aprendizagem da Sociologia no Ensino Médio 

Allany Araujo

O referido estudo foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental Maria Balbina Pereira localizada no Distrito de Santa Luzia do Cariri, Município de Serra Branca, Paraíba.

A pesquisa realizada é de caráter qualitativo e participante na qual, utilizamos a abordagem do grupo focal com um total de 15 alunos, sendo estes, das turmas de 1°, 2° e 3° ano. É uma técnica de entrevistas com grupos que se baseia na comunicação e interação.

A análise dos resultados deu-se através da análise de conteúdo, pois, segundo (CAREGNATO E MUTTI 2006), AC é um conjunto de técnicas que analisa as comunicações buscando obter por meio de procedimentos a descrição do conteúdo das mensagens (quantitativas ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção das mensagens.

Ao final apresentaremos as conclusões sobre o desenvolvimento dos participantes do grupo no que se refere ao entendimento dos conceitos sociológicos através dos filmes de curta metragem.

  • 10h – Vídeo Etnográfico e práticas avaliativas significativas: reflexões do estágio supervisionado em Educação Física na Escola de Educação Básica

Sílvia Azevêdo Sousa

Pela mediação da produção das imagens nos grupos focais com os supervisores e os alunos-estagiários foi possível ampliar o olhar perceptivo doa professores estagiários e promover práticas avaliativas significativas no diagnóstico do perfil das turmas e a prática da observação da rotina escolar. Nesta perspectiva contribuímos para o campo de pesquisa subsidiando a transversalidade e a aproximação com procedimentos cinematográficos.

SALA 4

  • 9h – CineEducar Partejar Potiguara

Marla de Souza Melo da Silva, Micaelle Lages Lucena e Isabella Chianca Bessa Ribeiro do Valle

A proposta do trabalho é promover formação, produção e difusão no campo da linguagem audiovisual, em integração com outras áreas (saúde e antropologia) compondo em rede o macroprojeto Partejar.

O Partejar Potiguara busca resgatar a humanização do parto através da valorização dos saberes tradicionais do acontecimento natural do nascimento, que ao longo do tempo foram sendo esquecidos. O projeto de extensão em 2019 atuou em comunidades indígenas, na busca de estudar seus conhecimentos na tradição de partejar, resgatando esses ensinamentos e os aproximando dos saberes acadêmicos, para uma troca de experiências e promoção da saúde.

A vertente audiovisual teve por objetivo a capacitação de indígenas, preferencialmente nascidas em partos assistidos por parteiras, com aulas sobre audiovisual. Qualificá-las como produtoras audiovisuais como caminho para a produção de um documentário sobre parto.

A proposta do processo e do produto final (o documentário) é destacar a importância do protagonismo das mulheres no fazer audiovisual, de sua sabedoria ancestral, sobretudo das parteiras, e necessidade de (re)conhecimento da memória e afirmação cultural como meio de resistência indígena.”

  • 9h30 – Educomunicação no espaço não formal: Uma experiência junto a Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande

Gilmara da Mata Farias

Nossa pesquisa teve como fonte direta o movimento social e seu ambiente de organização política, dando a ela uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório, a análise qualitativa estimula os pesquisados, a pensar e proferir suas opiniões de forma livre sobre qualquer assunto debatido. O Universo de investigação que exploramos a Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande, que objetiva o apoio e participação na categoria dos (as) trabalhadores (as) domésticos (as), é a única em Campina Grande reconhecida como grupo representativo dessa categoria de luta, e na companhia de outros movimentos da Paraíba, ocupam um papel importante na defesa e reinvindicações, que asseguram os seus direitos, para uma melhor qualidade na execução do trabalho e na vida delas. Dez trabalhadoras domésticas, associadas a ATDCG, participaram dos nossos encontros semanais, nos quais as domésticas tiveram como oportunidade de entendimento e apropriação de ideias relacionadas à linguagem cinematográfica, para que usassem principalmente nos processos de elaboração do produto audiovisual, ressaltando também a importância de tais ferramentas para a aplicação nas suas próprias atividades.

  • 10h – Relato de experiência pedagógica: o cangaço como história do nordeste e protesto social

Renata Bernardo da Costa e Senyra Martins Cavalcanti

O presente artigo apresenta uma das experiências didático-pedagógicas do Projeto de Extensão “Cinema e Educação Histórica no Ensino Fundamental” (PROEX-UEPB), sob a coordenação da professora Senyra Martins Cavalcanti (DE/UEPB). A presente experiência foi desenvolvida no período de abril a maio de 2018 e tinha como objetivo geral: analisar quais os objetivos do Cangaço e conhecer por meio deste movimento o modo de vida e características de seus principais personagens durante seu período de atuação. E, como objetivos específicos: observar como era o modo de vida dos cangaceiros; compreender as dificuldades enfrentadas pelos atuantes do Cangaço; refletir sobre os objetivos deste movimento social; observar os reflexos das ações dos cangaceiros para a população nordestina; para que se fosse feita a relação entre o filme e a saga em quadrinhos para análise do período histórico de atuação do Cangaço e da história de vida de dois dos cangaceiros mais conhecidos.

SALA 5

  • 9h – Looping na confecção de gifs audiovisuais

Wayner Tristão

O tema da repetição é invocado diariamente através de pequenos indícios de rotina. Neste contexto a atenção se dispersa a cada instante distraindo em novas imagens. Isso acarreta sucessão eterna de pequenos momentos, fugazes em sua acepção, que não permite um desdobramento maior da duração. O instante parece ser o protagonista de nossa época acelerada, onde grande parte da interação cotidiana ocorre através de um click, seja de botões, de mouses ou de toques em touchscreens, mas não será um transe repetitivo entre pequenos períodos? Esse mundo cerceado por imagens saturam os sentidos (visão, audição e tato) podendo ocasionar  um indivíduo que sobrevive num mundo virtual 24 horas por dia. Esta produção constante leva a uma reflexão sobre o porquê deste tipo de imagem causar tanta atenção e como é percebida essa estética atual da repetição,  onde aparatos digitais podem entrar num looping eterno sem perigo de alteração física pelo desgaste. As imagens cíclicas se tornaram em nossa época um cotidiano dispositivo de comunicação e (re)produção de significados. O gif surge nesse contexto enquanto representação dessas imagens abundantemente difundido pela rede. Ele afeta  e redefine uma estética para este novo tipo de imagem digital que tanto permeia nossa vida atual. A ocorrência da repetição muitas vezes esvazia a imagem de sentido mas pode também alterar a percepção dos conteúdos, da estética e dos processos implícitos na obra. As formas atuais nos remetem ao cinema de atração onde nos abstemos da narrativa para focar somente num transe efetuado pelo looping.

  • 9h25 – Muito além do peso: família, audiovisual e marketing na formação do gosto alimentar

Laís Silveira Gusmão e Maria Salete Nery 

Partindo de análise fílmica do documentário brasileiro Muito Além do peso e a partir dele impactados com a capacidade do marketing em transformar o gosto alimentar quando articulado às mudanças no modo de vida e concepção de moderno e avançado, objetivamos discutir o caráter 

formativo do audiovisual, o documentário como estratégia de contramovimentos quando pensamos publicidade e propaganda veiculada à alimentos destinados à criança, e a “briga desleal” entre o educativo do filme e a chuva de informação proveniente da propaganda de alimentos. 

Para alcançar os objetivos propostos trataremos: 1) a relação entre comida e família – construção de gostos e desafios na formação de hábitos saudáveis na atualidade; 2) indústria de alimentos e propaganda – quem são? Para quem são? Em que resulta? 3) O audiovisual e seu papel formativo: na briga, quem se sobrepõe na disputa pelo desejo?

  • 9h50 O brincar monetizado de crianças adultizadas: relações de trabalho e de consumo infantil por trás da produção audiovisual do Youtube

Alessandro Augusto de Andrade

A pesquisa se propõe a comparar dois fenômenos da história da comunicação – a invenção da prensa tipográfica no Séc. XV e a expansão e massificação do YouTube na Internet do Séc. XXI – para assim refletir sobre a responsabilidade destes fenômenos por alterar a comunicação e os modos de vida da sociedade, sobretudo no que diz respeito à concepção de infância; 

Debater a noção de adultos infantilizados e crianças adultizadas nos dias atuais, e como esses conceitos se apresentam na produção de conteúdo audiovisual disponibilizado em sites de compartilhamento como o Youtube. 

Analisar o conteúdo audiovisual voltado para o público infanto-juventil produzido pelos canais de YouTube: Luanna Vlogs, Luccas Neto e Planeta das Gêmeas, para através deles abordar os conceitos teóricos de adultização das crianças e infantilização de adultos. 

  • 10h15 Plataformas hermenêuticas audiovisuais digitais: levantamento de hipóteses e plano de ação

Carlos Downling

A proposta da presente comunicação é apresentar o processo de desenvolvimento do projeto REDE NACIONAL AUDIOVISUAL HERMENÊUTICA DIGITAL _ RNA+hd. Tal projeto pretende estabelecer parâmetros replicáveis em código aberto de uma plataforma hermenêutica contributiva (STIEGLER, 2016) de compartilhamento e difusão de conteúdos audiovisuais indexáveis em múltiplos e diversos formatos e padrões de distribuição. Para isso estabelece como colaboração central e inicial a parceria interinstitucional e interestadual entre o Núcleo de Produção Digital Paraíba_NPD-PB e o Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital_LAVID da Universidade Federal da Paraíba_UFPB e a Universidade Aberta do Brasil (UAB) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Assim, o projeto REDE NACIONAL AUDIOVISUAL HERMENÊUTICA DIGITAL _ RNA+hd estabelecerá uma Plataforma Aglutinadora, Indexadora, Classificadora e Distribuidora de conteúdos audiovisuais em modelo de apontamentos em camadas sobrepostas de metadados alimentados por roteiros algorítmicos e retroalimentados por interagentes ou interatores (MURRAY, 2001) ou prosumidores (JENKINS, 2009) humanos. Para efetivar-se como hermenêutica a plataforma aqui desenvolvida operará através de três camadas curatoriais indexáveis, expansíveis e interoperáveis: 1. Ferramenta Algorítmica de Suporte Curatorial, baseada em Sistema de Geração Automática de Audiodescrição Adaptativa (CAMPOS, 2017); 2. Curadoria de Revisão Especializada; 3. Escalabilidade aplicada através de redes em circuitos retroalimentados expandindo o processo curatorial, efetivando uma plataforma hermenêutica de compartilhamento audiovisual.

SALA 6

  • 9h – A educação na idade média: um olhar a partir do filme “As aventuras de Guilherme Tell”

Jéssica Rayla da Costa Figueiredo Arruda e Senyra Martins Cavalcanti

O projeto se propôs a apresentar aos alunos do ensino fundamental da Escola Nossa Senhora do Rosário, uma oficina pedagógica com o tema da educação na idade média a partir da lenda de Guilherme Tell, com apoio do “Guilherme Tell” e do filme “As aventuras de Guilherme Tell”, destacando o momento histórico, o período Medieval e suas particularidades. Como objetivos específicos, propomos: Expor o modo de vida dos campesinos, senhores feudais e reis; Discutir as relações entre a população campesina e o rei; Observar as formas de resolução dos problemas naquele momento histórico; Verificar o papel do homem na sociedade medieval.

  • 9h30 – A linguagem do cinema, de Geraldo Sarno: transmissão de conhecimento e processos criativos no cinema brasileiro

Milene de Cássia Silveira Gusmão e Euclides Santos Mendes

Este estudo diz respeito à pesquisa que se iniciou em 2018 e tem como objetivo principal analisar, de uma perspectiva sociocultural, a produção da série A linguagem do cinema, dirigida pelo cineasta Geraldo Sarno entre as décadas de 1990 e 2010. A referida produção audiovisual tem o propósito de tornar compreensível ao espectador saberes e fazeres relacionados aos processos criativos no âmbito do cinema brasileiro. Para isso, Sarno dirige duas temporadas, com dez programas cada uma, onde registra, por meio de entrevistas e imagens de filmes, os processos de criação de 19 cineastas (Paulo Caldas, Marcelo Luna, Walter Salles, Daniela Thomas, David Neves, Murilo Salles, Ana Carolina, Ruy Guerra, Jorge Furtado, Linduarte Noronha, Carlos Reichenbach, Julio Bressane, Eryk Rocha, Edgard Navarro, Eduardo Nunes, Cao Guimarães, Lúcia Murat, Rosemberg Cariry e Carlos Diegues), um diretor de fotografia (Luiz Carlos Barreto), um diretor de som (Walter Goulart) e um montador (Ricardo Miranda).

  • 10h – Cinetrilho: um estudo sobre a recepção do cinema paraibano

Hélder Paulo Cordeiro da Nóbrega

“O objetivo macro desta pesquisa foi desenvolver um estudo de recepção sobre quatro filmes de realizadores paraibanos pré-selecionados por suas qualidades artísticas, exibidos pelo projeto Cine Trilho desenvolvido para a disciplina de Estágio Supervisionado II do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal da Paraíba. As obras em questão são: Catástrofe de Gian Orsini; Contínuo de Odéssio Antônio; Cinemameu de Rodrigo Aragão Quirino; e Sweet Karolynne, de Ana Bárbara Ramos.

PANORAMA EDUCACINE NORDESTE | RELATOS DE EXPERIÊNCIAS

DIA 23/01 | CEARTE – Escola de Dança (Espaço Cultural)

SALA 1

  • Cinema-educação: Experiência, Visualidade e Educação em Pernambuco 

Maria Thereza Didier, Jane Pinheiro e Alcidesio Oliveira da Silva Junior

Surgido em 2018, o Laboratório de Experiência, Visualidade e Educação (LEVE) é um grupo de pesquisa que busca estudar as relações entre o conceito filosófico de Experiência e suas relações com a Visualidade (cinema, fotografia, performance) para a Educação. Com reuniões semanais no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, privilegiamos as análises com o foco no caráter experimental da relação entre cinema e educação, tendo como uma das atividades públicas no ano de 2019 o I Seminário LEVE com mesas temáticas, a Mostra Mambembe de curtas produzidos por turmas do Centro de Educação da UFPE e a reorganização da Rede Kino em Pernambuco.

  • Projeto de extensão NEC – Núcleo de experimentação audiovisual 

Iomana Rocha

O Projeto NEC – Núcleo de experimentação cinematográfica tem a característica de um núcleo de produção audiovisual voltado para a livre experiência de técnicas e estéticas cinematográficas, objetivando incentivar a produção audiovisual discente envolvendo a troca de conhecimentos com profissionais da área e comunidade externa. Apresentando o cinema como um vasto campo de possibilidades criativas, neste projeto os alunos desenvolveram obras experimentais, envolvendo em seu processo um período de embasamento teórico, um período de planejamento e um período de execução e finalização.

SALA 2

  • Cinema com Vida: “O Cinema ‘Novo’ como experiência inovadora da formação cultural docente 

Luciana Azevedo Rodrigues e Márcio Norberto Farias

“Cinema com Vida” é o nome de um projeto de extensão em interface com a pesquisa fundado em 2008 na Universidade Federal de Lavras. A partir dos estudos na Teoria Crítica da Sociedade, o projeto tem exibido e debatido filmes que, apesar de valorizados historicamente como expressões artísticas, ainda são pouco ou nada conhecidos por professores e licenciandos. Em 2018, o projeto foi desdobrado em uma investigação intitulada “O Cinema Novo como experiência inovadora da formação cultural docente”, e o relato de experiência que se propõe partilhar se refere também ao que foi realizado em 2019.

  • Juventudes, Educação e Cinema: Experiências com Cineclube 

Sergio Vaz Alkmim e Luzia Lima Moreira

Trata-se de um projeto de Cineclube, idealizado desde 2013, de caráter pedagógico-cultural, que acontece atualmente em duas escolas do município de Contagem: E. M. Professora Maria do Amparo (ensino fundamental) e unidade Cruzeiro do Sul, escola de ensino médio pertencente à Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC. 

  • Janela Indiscreta Cinema e Audiovisual

Raquel Costa e Milene Gusmão

O Janela Indiscreta Cinema e Audiovisual configura-se como Programa de Extensão da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, realizando, há 27 anos, ações gratuitas de exibição de filmes e de formação de público para o cinema, bem como práticas propiciadoras de uma visão crítica do cinema e do audiovisual como fontes de conhecimento. Também integra estruturalmente, desde 2015, o Projeto Pedagógico do Bacharelado em Cinema e Audiovisual, como Coordenação de Difusão e Exibição do Núcleo Audiovisual Jorge Melquisedeque.

SALA 3

  • Andanças – Mostra de Cinema de Gênero e Diversidade Sexual 

Day Santos

Cotidianamente, diversos sujeitos têm suas trajetórias educacionais comprometidas em decorrência das desigualdades, discriminações e violências presentes na sociedade e no ambiente escolar estimulando o baixo desempenho escolar assim como o aumento na taxa de “evasão”. Considerando este cenário, a Secretaria de Educação de Pernambuco, promove o “Andanças – Mostra de Cinema de Gênero e Diversidade Sexual”, sendo composta por sessões de cinema realizadas em diversas instituições da rede estadual, contando com a participação de realizadoras/es dos filmes e pesquisadoras/es destas temáticas, além da oferta de oficinas destinadas a estudantes do ensino médio. 

  • Laços entre História e Cinema: Dia da consciência negra e fortalecimento da cultura afro- brasileira a partir do filme Besouro 

Elaine Cristina de Sousa Gomes

O Projeto apresentado na escola trabalhou a questão afro-brasileira no ano letivo de 2019, nas turmas de 9o A e B no turno da manhã na E. M. E. F JUDITH BARBOSA DE PAULA RÊGO- Queimadas / PB. Buscou também discutir através das análises fílmicas que influenciaram na compreensão dos alunos e alunas sobre a capoeira e os Orixás do Candomblé e como podem contribuir para uma aceitação da identidade afro-brasileira já que o perfil do corpo docente é maioria negra, mas não se autodeclaram negros e ainda praticam racismo na escola e fora dela.

  • O audiovisual na educação básica: a exibição de curta-metragem colaborando para um desmonte às raízes do racismo, preconceito e da discriminação racial no ensino fundamental 

Edja Maria de Santana Mousinho e Anne Karolyne da Silva Alves 

A presente ação teve como objetivo proporcionar, de forma lúdica e por meio de recursos didáticos e audiovisuais, momentos de reflexão e discussão sobre a temática mencionada anteriormente, para que essa prática seja repensada dentro e além dos muros da escola tornando os alunos verdadeiros atuantes nas práticas antirracistas.

SALA 4

  • A Construção de curtas-metragens na escola – dos gêneros escritos e orais ao filme 

Alcione da Silva Santos

O projeto consiste no desenvolvimento de oficinas que tornem possível a produção de um curta- metragem de ficção na escola a partir do ensino de gêneros textuais/discursivos próprios da ecologia de texto que circula na esfera audiovisual, quais sejam: A sinopse, o pitching, a escaleta, o roteiro literário, o storyboard e o curta-metragem de ficção. Em 2019, seguindo o conjunto de oficinas propostas, realizamos, junto com nossos alunos, o curta O Silêncio de Sara que pretendemos exibir e discutir, tanto o filme quanto o processo de criação.

  • O audiovisual enquanto disciplina eletiva na Escola Estadual Humberto Mendes 

Mário Zeymison Castro da Silva

O objetivo do projeto foi possibilitar às/aos estudantes do ensino médio da Escola Estadual Humberto Mendes o contato efetivo com o audiovisual através de experiências teórico-práticas vivenciadas na disciplina eletiva ofertada ao longo do ano letivo; e apresentar às/aos estudantes e à comunidade o audiovisual enquanto alternativa de legitimação de pessoas, comunidades e manifestações culturais através da produção de filmes de curta metragem nos gêneros documental e ficcional.

  • Incitando o cinema que incita: o filme como gerador sensível de encontros de saberes com adolescentes sob medidas socioeducativas 

Júlio Figueroa

Foi realizada uma primeira etapa de trabalho de campo em Belo Horizonte, programado como

ciclos de quatro dias: futebol, filme sugerido pelos adolescentes, filme sugerido pela pesquisa e

remontagem de alguns dos materiais assistidos. Participaram adolescentes em medida de prestação de serviço à comunidade (PSC) e de liberdade assistida (LA). Na visionagem dos filmes, foi observado um caminho gradativo: da recusa, passando pela negociação, até chegar à porosidade. Está em preparação agora o trabalho de campo com jovens em privação de liberdade em um centro socioeducativo de Fortaleza.”

SALA 5

  • Cinecampo

José Correia de Amorim Júnior e Maria Cristina Francelino Sena

O Projeto trata-se do registro, como uma forma de resgate da história vivida pelos Estudantes da EJA Campo do Estado de PE, através da vivência e da relação pedagógica entre cinema e educação. Contribuiu para a valorização e divulgação do cinema brasileiro, dinamização da prática pedagógica do professor com a introdução da temática nas atividades escolares e a implementação da Lei nº 13.006, de 26/06/14. O Cinecampo estimulou a formação de plateia, produção cinematográfica com mídias móveis e o registro da memória deste espaço-tempo que os estudantes da EJA Campo estão vivenciando.

  • Cineclube Cidadania 

Anina Dias

O Cineclube Cidadania, de abril de 2012 a setembro de 2017, exibiu mensalmente documentários brasileiros, com ênfase aos pernambucanos, estimulando o empreendedorismo cultural e cidadão na Escola João Barbalho, em Recife. Uma iniciativa da ex-aluna, a jornalista, cineclubista e produtora cultural, Anina Dias – coordenadora geral – em parceria com o músico e webmaster, Mavi Pugliesi – coordenador operacional – e artistas convidados. Ambos fizeram a curadoria dos filmes, em consonância com a educadora de apoio, em constante diálogo com os professores, alunos e gestores da escola pública.

  • Clube de Cinema Ferris 

William Bezerra da Silva

Oficina de argumento, incentivo à escrita, produção de edição de vídeo, exibição de curtas fictícios na comunidade escolar produzido pelos alunos da ECIT Escola Estadual Maria Honorina Santiago (Santa Rita).

SALA 6

  • MUCA – Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga 

Rafael Buda 

O Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga (MUCA) localizado em Gravatá no agreste pernambucano, é um espaço dedicado à formação histórica e técnica, a preservação e memória de obras, como também para propagar a magia das imagens em movimento anteriores ao cinema digital conectando com a cultura popular e as novas tecnologias. O local, de 90 metros quadrados, dedicado ao cinema de animação, abriga mostras permanentes, oficinas, acervos e exibições de filmes do Nordeste e de outros estados e países.

  • Interfaces Arquipélago: memórias, narrativas e museus

Yuri Schönardie Rapkiewicz e Layza Ariane Alves Bandeira

O projeto fomentou a formação de público jovem de museus através da linguagem audiovisual e valorização do patrimônio cultural comunitário dos habitantes do Bairro Arquipélago, a partir de oficinas gratuitas para adolescentes de escolas públicas. Entre atividades teóricas e práticas, apresentamos as mídias audiovisuais e o estímulo ao senso crítico nas formas de coleta, produção e divulgação de imagens, conjugando as referências visuais da comunidade com formas alternativas apresentadas no decorrer da oficina a partir de discussões sobre as visitas aos museus do município de Porto Alegre.

Oficinas

As oficinas oferecidas na programação foram propostas pelo público e pel@s convidad@s do evento.

Segue abaixo a programação das oficinas e as informações detalhadas sobre cada uma delas.

Quarta, 22 de janeiro 2020

14h – Oficinas (Cearte)

  • Montagem na sala de aula: teoria e prática – com Isaac Pipano
  • Oficina na Pedagogia Griô – com Griô Aprendiz Penhinha Teixeira
  • Vídeo etnográfico: produção e sentidos como proposta didática – com Flaubert Cirilo Jerônimo de Paiva
  • Videopoemas: cinema e poesia em diálogo – com Aline Ferreira Pereira e Edilza Maria Medeiros Detmering
  • Corpos cidades e afetos – com Sarayna Martins
  • Criação de roteiros audiovisuais: temas sociais e processos criativos – com Jéssika Miranda, Karla Delgado e Rosilene Pereira

Sábado, 25 de janeiro de 2020

9h – Oficinas (Cearte)

  • Encruzilhadas entre Educação e cinema ameríndio – com Clarisse Alvarenga
  • Cineclube na escola: ver, sentir, pensar e criar – Com Simone Monteiro
  • Vivência em audiodescrição e cinema:construindo perspectivas inclusivas – Com Larissa Hobi
  • O cinema negro como estratégia comunicacional na luta anti-racista – Carine Fiúza

Sobre as Oficinas

> Montagem na sala de aula: teoria e prática – com Isaac Pipano

A oficina tem como objetivo apresentar um breve panorama das problemáticas que norteiam as práticas audiovisuais na sala de aula, com foco nos processos ligados à montagem de filmes e exercícios. Muito embora seja expressivo o aumento de trabalhos ligados à cinema na sala de aula, a montagem persiste como um entrave técnico, uma vez que sua execução depende de expertise profissional; mas, sobretudo, teórico, ao entendermos que trata-se de uma operação propriamente cinematográfica, como o momento efetivo em que o cinema irrompe com suas formas expressivas revelando as múltiplas possibilidades de se pensar com imagens, sons e palavras.

> Oficina na Pedagogia Griô – com Griô Aprendiz Penhinha Teixeira

Reconhecimento dos saberes e fazeres e do lugar sócio cultural, político e econômico dos (as) griôs, mestres e mestras de tradição oral na educação. Sensibilizar para a importância da formação continuada na Pedagogia Griô para professores e educadores da rede pública de ensino.

Vídeo etnográfico: produção e sentidos como proposta didática – com Flaubert Cirilo Jerônimo de Paiva

A oficina tem a finalidade de compartilhar uma experiência exitosa de um projeto de extensão, cuja finalização das atividades culminou na produção do videodocumentário Vivenciando Serra Feia, as potencialidades mobilizadoras das linguagens audiovisuais, através de plurais possibilidades em externar sentimentos de pertença, valorização e transmissão da memória e arquivo da oralidade, bem como externar traços de uma comunidade, permitindo às pessoas que a integra ampliarem os seus ditos lugares de fala.

Videopoemas: cinema e poesia em diálogo – com Aline Ferreira Pereira e Edilza Maria Medeiros Detmering 

Nesta oficina produziremos videopoemas através do uso de smarthphones, na qual serão dadas noções básicas de roteiro, filmagem, som e edição. Os participantes devem levar seus celulares e algum livro de poesia de sua preferência. O videopoema consiste na produção audiovisual a partir de um poema (que pode ser autoral ou não), podendo ser utilizado como recurso didático no ensino da poesia aliado à técnica cinematográfica e à performance.

> Corpos cidades e afetos – com Sarayna Martins

A oficina prática, cidade, corpos e afetos, busca, através de dinâmicas e discussões, a criação de uma cartografia dos afetos, trazendo olhares múltiplos da relação entre as diferentes cidades e aos diferentes corpos em movimento. No desejo de construir um momento que possibilite trazer nossas observações daquilo que muitas vezes vemos mas olhamos e daquilo que é sentido e as vezes não pensado, refletiremos sobre nosso cotidiano nos espaços públicos da cidade.
A construção da cartografia afetiva de cada indivíduo, sendo produzida coletivamente, engrandece as possibilidades de discussões, do que é diferente e comum da vivencia de cada corpo nas diferentes cidades. Bora observar o que nos rodeia!

> Criação de roteiros audiovisuais: temas sociais e processos criativos – com Jéssika Miranda, Karla Delgado e Rosilene Pereira

Vivenciar a metodologia baseada no Teatro Social dos Afetos como estímulo criativo para a discussão de temas sociais a serem desenvolvidos em produção audiovisual.

> Encruzilhadas entre Educação e cinema ameríndio – com Clarisse Alvarenga

A proposta desta oficina é indicar alguns caminhos que emergem a partir da aproximação entre a Educação e o Cinema ameríndio feito no Brasil contemporaneamente. Seja a partir da análises de trechos de filmes ou da abordagem dos processos pedagógicos buscaremos discutir coletivamente algumas questões que possam potencializar intervenções interculturais envolvendo o Audiovisual e a Educação.

> Cineclube na escola: ver, sentir, pensar e criar – Com Simone Monteiro

A proposta tem como ponto de partida a reflexão sobre a ação cineclubista na escola, com base na experiência realizada, desde 2008, em diversas escolas da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro, os participantes serão convidados à troca de ideias sobre os limites e possibilidades de uma iniciativa voltada para a aproximação entre crianças, jovens e filmes, identificando atividades que favoreçam o acesso, a apropriação crítica e o desenvolvimento de um olhar sensível sobre o cinema e a produção audiovisual na escola. Exibição de produções de crianças e jovens cariocas e algumas atividades de exploração da linguagem audiovisual também serão realizadas.

> Vivência em audiodescrição e cinema:construindo perspectivas inclusivas – Com Larissa Hobi

Promover um debate sobre as dimensões da acessibilidade e a eliminação de barreiras no cinema na escola, construindo perspectivas inclusivas por meio de vivências relacionadas à audiodescrição – recurso de acessibilidade comunicacional que traduz imagens em palavras ampliando o entendimento e possibilitando a plena participação de pessoas com deficiência em eventos culturais; apresentar os procedimentos necessários para implementação do recurso.
Conteúdo programático: Conceituando acessibilidade; Dimensões da acessibilidade; Perspectiva da inclusão X integração ; O que é audiodescrição (AD)?; Aplicabilidades da AD; Equipe e etapas para elaboração; Competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo audiodescritor; Produção de eventos audiovisuais com acessibilidade; Experienciando o recurso.

> O cinema negro como estratégia comunicacional na luta anti-racista – Carine Fiúza

A oficina visa discutir  como a aplicação de estratégias comunicacionais podem auxiliar a luta anti-racista utilizando o cinema negro como ferramenta. Será apresentado um panorama da produção audiovisual negra no Brasil e quais os principais meios de comunicação que têm auxiliado na difusão do conteúdo.

Quem somos

Esse evento é fruto de uma articulação institucional ampla e da colaboração de parcerias importantes. Segue abaixo um resumo de cada instituição envolvida e os nomes que constituem as Comissões científica e organizadora do Seminário.

SEMENTE – ESCOLA DE EDUCAÇÃO AUDIOVISUAL é uma startup de impacto social voltada para a pesquisa e o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras por meio do uso da tecnologia e da arte nas escolas, desenvolvendo as possibilidades educativas do cinema. O grupo de trabalho é formado por educadores, pesquisadores, cineastas e produtores culturais com experiência no mercado paulistano e paraibano. Desde 2014, desenvolvemos projetos para professores e estudantes do ensino básico, em parceria com escolas públicas, universidades, ONGs, instituições culturais e órgãos governamentais.

PPGE/UFPB é o Programa de Pós-graduação em Educação da UFPB, que oferece os cursos de Mestrado e Doutorado. Constituído por cinco linhas de pesquisa e tendo como foco principal a educação básica no Nordeste brasileiro. Educadores e movimentos sociais da região alimentam nossa práxis e direcionam nossas intervenções, compondo uma verdadeira Escola da Paraíba que possa servir de referência aos educadores e às educadoras de todo o mundo. Mais informações em: <www.ce.ufpb.br/ppge>

REDE KINO é a Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual – congrega pessoas e instituições para compartilhar experiências e somar esforços no intuito de viabilizar ações conjuntas relacionadas às áreas do Audiovisual, Cinema e Educação. Todo ano, a Rede promove um Fórum dentro da programação da CineOP, em Ouro Preto.

MUTUM: Educação. Docênçia e Cinema (Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais) é um Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão, constituído de educadores, estudantes de graduação e de pós graduação, pesquisadores e profissionais do cinema e audiovisual de universidades, escolas de educação básica e de outros espaços educativos formais e não formais.
Destaca-se entre as atividades do Mutum, seus projetos de formação e acompanhamento de professores que realizam trabalhos com educacao e cinema no cotidiano das escolas.

RUMOS ITAÚ CULTURAL é um dos maiores editais de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos, é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira.A iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,4 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa. Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 7 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados.
Nesta edição de 2017-2018, os 12.616 projetos inscritos foram examinados, em uma primeira fase, por uma comissão composta por 40 avaliadores contratados pelo instituto entre as mais diversas áreas de atuação e regiões do país. Em seguida, passaram por um profundo processo de avaliação e análise por uma Comissão de Seleção multidisciplinar, formada por 21 profissionais que se inter-relacionam com a cultura brasileira, incluindo gestores da própria instituição. Foram selecionados 109 projetos, contemplando todos os estados brasileiros. Mais informações em: <www.itaucultural.org.br/conheca-o-rumos>

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